Apesar de a data-base dos médicos do setor privado ser somente no mês de setembro, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) vai iniciar os debates a partir do dia 6 de julho, às 20h30, quando será realizada assembleia para construção da pauta de reivindicações da campanha salarial 2015.
Devem participar do encontro, que será realizado na sede do Simesp (rua Maria Paula, 78, 1º andar, Bela Vista), os médicos do setor privado e aqueles que trabalham para o SUS, por meio de organizações sociais, em UBS, Saúde da Família, AMA, AME, UPA, OS, hospitais, ambulatórios, Santas Casas e funcionários de serviços privados.
Para o secretário de Relações do Trabalho do Simesp, José Erivalder Guimarães de Oliveira, a campanha salarial deve ter a dimensão de continuar os avanços obtidos até o momento. “Trabalhamos na perspectiva de alcançar um piso salarial digno, de conquistar cláusulas sociais que beneficiem os médicos e de melhorar as condições de trabalho”, explica.
Já o secretário de Imprensa da entidade, Gerson Salvador, reforça que as reivindicações vão além das questões salariais. “O acordo coletivo regula banco de horas, liberação para cursos e congressos, pagamento de horas extras e até abono para ida a reuniões escolares dos filhos. Para garantirmos um bom resultado, é fundamental a participação dos médicos nas discussões”, orienta.
Avanço
Na Campanha Salarial 2014, o Simesp acabou com a prática de fracionamento do reajuste imposta há anos pelo Sindhosfil – São Paulo, representante patronal com maior número de vínculos empregatícios, no qual o Sindicato mantém negociação: são mais de 15,5 mil. Os médicos tiveram o reajuste integral de 6,35%, referente ao INPC do período.
De acordo com estudo realizado pelo Simesp, com a prática de fracionamento, os médicos acumularam, no período de setembro de 2005 ao mesmo mês de 2014, perdas que chegam a 64,55% de um salário.