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Comunicado oficial sobre a reunião com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

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17/01/2022 | Notícia Simesp

Comunicado oficial sobre a reunião com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo

Na tarde de hoje (17), o secretário de saúde da capital, Edson Aparecido, e secretário adjunto, Luiz Carlos Zamarco, finalmente aceitaram se reunir com dirigentes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) para demonstrar quais medidas estão sendo executadas para sanar a grave situação de desfalque das equipes de saúde no município.

No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo não apresentou nenhuma resposta capaz de responder às necessidades dos trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde (UBS). O secretário pontuou a contratação de apenas 140 médicos direcionados para Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Esse número já seria insuficiente para as 469 UBS da capital, que sofrem com o desfalque de equipes há bastante tempo, mas não há nenhuma contratação para as UBS. Apesar da versão apresentada pelo secretário na mídia, os trabalhadores e o sindicato, nas visitas realizadas às unidades, questionam a sua veracidade. Não foram apresentados números nem prazos concretos para a resolução.

Sobre a reunião, o presidente do Simesp, Victor Dourado, disse em vídeo. “As nossas demandas com relação não só a contratação, mas a novas estruturas de saúde para dar conta da demanda espontânea também não foram atendidas. Não foi apresentado nenhum plano de contingência ou de reposição dos profissionais afastados. O que a gente observa é a truculência da gestão na reunião com os médicos, a falta de medidas efetivas e querem mais uma vez que a gente se contente simplesmente com promessas e passagem de responsabilidade para as OSS, ao invés de medidas efetivas.”

A postura belicosa da gestão municipal contra os profissionais da saúde e seu sindicato demonstrada na imprensa, foi a forma de tratamento na reunião. Com truculência e desrespeito, o secretário desconsiderou a realidade levada através do relato e experiência dos trabalhadores da Atenção Primária presentes. Após dois anos de pandemia, é assim que são tratados os profissionais da linha de frente que, contaminando-se cada dia mais, reivindicam tão somente melhores condições de trabalho e atendimento à população.

Por fim, sem quaisquer dados para comprovar suas convicções, o secretário acredita que a pandemia vai arrefecer. No entanto, a tendência atual é de um maior número de contaminações, superlotação e sobrecarga, culminando no colapso do sistema de saúde. Segundo dados da própria SMS, até o dia 06/01, 1.585 profissionais da saúde estavam afastados por Covid-19 ou síndrome gripal. Uma semana depois (13), o número subiu em mais de 100%, totalizando 3.193 trabalhadores afastados.

Deste modo, as médicas e médicos da APS e a diretoria do Simesp mantém a deliberação da última assembleia (13) de convocar a paralisação no dia 19 de janeiro e um ato em frente à Prefeitura às 15h. As reivindicações seguem sendo principalmente por mais contratações nas UBS, garantia de condições mínimas de trabalho (por melhor infraestrutura e abastecimento de insumos e medicamentos) e a retomada dos espaços de discussão entre o Sindicato e a Prefeitura.

Reforçamos que as reivindicações dos médicos vem no sentido não só de garantir melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde, mas também de atendimento para toda população. As médicas e médicos sabem das necessidades da população e estão mobilizados pela saúde de todos.

Pela contratação imediata para o atendimento de síndromes gripais!
Por condições mínimas de trabalho!
Contra o desmonte da APS!
Pelo reajuste digno para os trabalhadores da saúde!

 

Ato pela saúde de todos! Paralisação das médicas e médicos da APS
Quarta-feira, 19/01, às 15h
Em frente à Prefeitura de São Paulo (Viaduto do Chá, 15)
Use máscara, mantenha o distanciamento social e leve álcool em gel.