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Com falta de leitos de UTI, vida de bebês está em risco

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20/05/2015 | Notícia Simesp

Com falta de leitos de UTI, vida de bebês está em risco

Devido à diminuição em 19% do número de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e pediátrica no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), hoje, 20, o hospital não possui capacidade para atender casos novos de bebês em quadros graves de saúde. Por essa razão, um paciente com um mês de vida está entubado no pronto-socorro.

O HU é o único hospital da região do Butantã (com cerca de 500 mil habitantes) que poderia atender UTI neonatal e pediátrica, mas não está realizando os procedimentos em decorrência do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), instituído por iniciativa da reitoria como tentativa de amenizar a crise instaurada na universidade.

A diretoria clínica do hospital, juntamente com o Simesp, irá notificar o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) sobre mais esse grave problema dentro da crise que o HU se encontra, gerando riscos à vida dos pacientes.

“A reitoria do HU promoveu o desmonte do serviço que não tem condições adequadas de receber a população neste momento. Os pacientes, inclusive crianças recém-nascidas, estão com a vida em risco iminente por conta da irresponsabilidade do reitor da USP e da omissão do governo do Estado de São Paulo”, alerta Gerson Salvador, diretor do Simesp e vice-diretor clínico do HU.

Problema antigo

Desde março uma grave crise se instaurou no atendimento à população do Hospital Universitário da USP devido à instituição do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), por iniciativa da reitoria, na qual 213 funcionários foram demitidos, incluindo 18 médicos. Os principais efeitos dessa medida foram:

– Redução de 19% dos leitos de UTI neonatal e pediátrica;
– Redução no número de partos em 20% por causa da redução dos leitos de berçário;
– Cancelamento de 15 cirurgias por semana;
– Redução de 40 consultas mensais de cirurgia geral, entre casos novos e retornos;
– Redução de 360 consultas/mês no serviço de ginecologia e de cinco ambulatórios da especialidade;
– Diminuição de 20 para 12 leitos de UTI.