Na noite da última segunda-feira, 30 de maio, representantes do movimento médico paulista se reuniram na sede da Associação Paulista de Medicina (APM) para discutirem os avanços nas negociações com as operadoras e planos de saúde, iniciados após a paralisação nacional de 7 de abril, ocasião em que especialistas foram às ruas reivindicar reajuste no valor pago por consultas e alertar sobre as graves consequências da ingerência das operadoras nos procedimentos e exames.
Participaram da discussão Otelo Chino Júnior, Jorge Curi; Renato Azevedo Júnior, João Ladislau, Roberto (APCD), Florisval Meinão, Polyanna Carlos da Silva (Proteste) entre outros, além de representantes da Academia de Medicina de São Paulo e de sociedades de especialidades.
Na ocasião, foram apresentadas propostas feitas por alguns dos grandes planos e operadoras de saúde para o valor da consulta. Os presentes destacaram a importância de manter o movimento firme, reiterando a necessidade da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se posicionar de forma clara, reconhecendo o direito do médico negociar coletivamente, sem ser acusado de estar praticando cartel.
O diretor de Comunicação do Simesp, Otelo Chino Júnior, ponderou como questão fundamental a manutenção do direito do usuário ser bem atendido. Além disso, pediu a garantia da adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e não mais a Terminologia Unificada em Saúde Suplementar (TUSS), na qual constam os procedimentos obrigatórios no atendimento da população. “Essa é a essência do movimento, que tem sido mantida pela união dos propósitos dos representantes dos médicos de São Paulo e por nossos colegas do interior”. Os diretores do Simesp Stela Maris Grespan e Carlos Izzo também participaram da reunião.
Já a superintendente da Proteste, maior associação de defesa do consumidor da América Latina, que representa mais de 250 mil associados, Polyanna Carlos da Silva, manifestou apoio às reivindicações dos médicos. “A defesa de um piso mínimo para a categoria é razoável para que a população seja bem atendida”, afirmou.
A reunião definiu o dia 30 de junho como data limite para entendimento com planos e seguradoras de saúde. O Simesp convoca todos os médicos a integrarem essa luta!