Prefeitura de Barueri segue sem dialogar e médicos pedem exoneração

Prefeitura de Barueri segue sem dialogar e médicos pedem exoneração

A Prefeitura de Barueri segue sem receber os médicos para dialogar e três profissionais não encontraram outra saída além de pedir exoneração do vínculo público com o município. A situação se dá porque, de forma intransigente, a gestão municipal decidiu alterar os horários de trabalho, locais e jornada desses profissionais a partir de decreto emitido em dezembro. Com a mudança, os médicos não conseguiram alterar seus horários de trabalho em outros municípios da região. Ainda, essas mudanças permanecem sem transparência, já que nada foi divulgado em nenhum meio oficial.

De acordo com Juliana Salles, diretora do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), é um absurdo a prefeitura perder profissionais durante uma pandemia. “Já temos conhecimento, inclusive, da abertura de edital para a contratação de organização social (OS) para gerir os serviços de saúde do município. Isso prova que a atitude da gestão municipal é planejada e visa substituir a mão de obra de servidores dedicados à cidade por profissionais contratados com vínculo precário e pejotizado”.

Juliana ainda explica que, de acordo com experiência como dirigente do Simesp, quando se instaura uma gestão por OSs em um município, historicamente a qualidade do atendimento cai, há uma alta rotatividade de profissionais e até calotes nos salários podem acontecer.

“Seguimos pedindo à prefeitura que receba o sindicato para negociar sobre os médicos que se mantiveram no município, mas ainda enfrentam problemas com a mudança de horário e não conseguiram a abertura de diálogo”, solicita Juliana.

Conquista em meio ao caos

Mediante a ação civil coletiva movida pelo Simesp, o município está proibido de reduzir a carga horária dos médicos com redução de salário. “Quer seja por impor mudança de horário, empurrar os servidores para outros locais de trabalho, fechar unidades ou terceirizar a administração, o município fica impedido de diminuir os vencimentos desses profissionais”, explica Juliana.