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Caminhada em defesa do HU

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31/05/2016 | Notícia Simesp

Caminhada em defesa do HU

Sem resposta da reitoria da USP, médicos do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), em greve desde 30 de maio, realizarão juntamente com a população, funcionários e estudantes de medicina uma caminhada defesa da instituição. A concentração terá início às 9h, na entrada da USP (Portão 1). Em seguida, todos caminharão até o Palácio dos Bandeirantes.

A greve

Em documento enviado pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) ao reitor da USP, Marco Antonio Zago, o Sindicato exigiu a contratação de médicos, enfermeiros e técnicos suficientes para resolver a crise do HU, permitindo ao hospital voltar a funcionar plenamente. Até o momento o Sindicato não obteve resposta.

Ainda no documento, o Simesp alerta que a falta de profissionais está causando uma deterioração da assistência e do ensino, além de superlotação das unidades de pronto-socorro adulto e infantil.

A crise no HU se arrasta desde 2014, com o número de médicos do corpo clínico diminuindo progressivamente. O déficit de profissionais é originário do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) da USP, responsável pela saída de 213 profissionais. A exigência imediata é que sejam feitas as contratações.

“A falta de médicos está gerando uma condição de trabalho insustentável para aqueles que ficaram e tentam manter o atendimento à população. Chegamos ao ponto de termos médicos que pedem demissão espontaneamente por conta disso”, diz o secretário de Comunicação e Imprensa do Simesp, Gerson Salvador.

Salvador alerta que se o hospital não contratar imediatamente novos profissionais outros prontos-socorros poderão fechar, uma vez que todo o sistema de atenção à saúde está com falta de profissionais e não conseguem atender a demanda da população integralmente. “O corpo clínico do pronto–socorro do HU precisa ser reconstituído com urgência, pois todos os PSs já estão com sobrecarga no atendimento”, finaliza Salvador.