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Audiência pública na Alesp reforça luta por direitos e acolhimento de imigrantes no Brasil

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21/10/2025 | Notícia Simesp

Audiência pública na Alesp reforça luta por direitos e acolhimento de imigrantes no Brasil

Delegação brasileira da Conferência Continental em Defesa dos Migrantes

Primeira atividade pós-Conferência Continental em Defesa dos Migrantes reuniu parlamentares, entidades civis e sindicatos; do Simesp, participaram Juliana Salles e Jaime Torrez

Na última quinta-feira (16/10), a Assembleia Legislativa de São Paulo recebeu a primeira audiência pública após a realização da Conferência Continental em Defesa dos Migrantes, realizada em setembro no México. A atividade, organizada pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT), reuniu parlamentares, entidades civis e representantes sindicais para debater políticas de acolhimento e a defesa dos direitos humanos de migrantes e refugiados.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) foi representado pela secretária-geral da diretoria plena Juliana Salles e pelo representante Jaime Torrez. A audiência faz parte de uma série de iniciativas que buscam fortalecer o diálogo entre parlamentares e sociedade civil diante do aumento da xenofobia, da violência institucional e das dificuldades enfrentadas por imigrantes em todo o continente.

A presidenta do Conselho Municipal dos Imigrantes, Constance Salawe, compartilhou sua experiência de discriminação em aeroportos e destacou a necessidade de políticas públicas efetivas. “Migrar não é um crime, é um direito. A população brasileira e mundial precisa entender que não é pecado ser estrangeiro. Contribuímos para construir este país e merecemos respeito e dignidade.”

Já o diretor do Centro de Apoio à Pastoral do Migrante (Cami), Roque Pattussi, enfatizou o papel dos sindicatos na defesa da população imigrante. “Essas pessoas são trabalhadores como nós. A Conferência e esta audiência reforçam que migrar é um direito humano. Precisamos unir forças para enfrentar o preconceito, a exploração e o trabalho escravo”, afirmou.

Encerrando a atividade, a vereadora Luna Zarattini destacou a importância de transformar denúncias em ação política. “Trabalhar não pode ser considerado um crime. A política de perseguição e deportação, especialmente nos Estados Unidos, é desumana e racista. É papel dos governos progressistas da América Latina se unirem em defesa dos imigrantes e da soberania dos povos”, defendeu.