O Sinmed RN e os médicos já começaram a sua luta em defesa da melhoria do sistema suplementar. Foi realizada na última segunda-feira (5) uma audiência com a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do RN e os médicos dos planos de saúde. O resultado da reunião foi avaliado positivamente pelos representantes das entidades médicas do RN, que agora contam com o respaldo do MP.
Na ocasião, foram apresentadas as reivindicações da categoria, como o índice de reajustes dos planos de saúde, que nos últimos dez anos tem repassado aos honorários médicos valores irrisórios mas, as mensalidades do usuário aumentaram bem acima da inflação. Outra reivindicação está no baixo valor da consulta que gira entre 25 e 40 reais para o médico.
Como resultado da reunião, o Promotor José Augusto Peres, reconheceu a legitimidade da paralisação no próximo dia 7/4 e mostrou-se preocupado com o motivo da denuncia dos médicos. Apartir deste contato, vai analisar o possível abuso dos planos e acompanhar o desenrolar da atividade para que todas as medidas tomadas sejam importantes também para o consumidor.
"Temos que reconhecer a necessidade de fazer alguma coisa. Os médicos é que sabem os abusos que sofrem. Vamos utilizar o senso de justiça neste caso", declara o promotor.
A partir da próxima semana a promotoria vai agendar reuniões entre as entidades médicas e os planos de saúde, para mediar às negociações.
Os médicos alertam que caso após 60 ou 90 dias de negociações não existam avanços positivos, as medidas a serem tomadas será indicativo de greve ou mesmo o descredenciamento dos planos.
Paralisação do dia 7 de abril no Rio Grande do Norte
As três principais entidades médicas do Rio Grande do Norte, Sindicato dos Médicos, Associação Médica e Conselho Regional de Medicina, vão realizar as atividades do dia em conjunto.
A programação inicia às 8h com uma manifestação, acompanhada de carro de som, panfletagem e palavras de ordem na Praça 7 de setembro, no centro. Logo em seguida, às 10h, será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa, para discutir a assistência e os problemas do setor de plano de saúde com foco no relacionamento com os médicos envolvendo também, as limitações impostas pelos planos aos usuários.
Durante a tarde a programação continua. E às 14h os médicos visitam hospitais e clinicas para verificar o andamento da paralisação. O dia de paralisação encerra com uma assembléia, às 19h no auditório da Associação Médica, na qual serão traçados os próximos passos do movimento no estado.