As inscrições para o processo seletivo começam hoje, 6, e encerram no dia 12 de abril, para se inscrever os médicos devem procurar a Gerência Recursos Humanos do hospital (Rua Voluntários da Pátria, 4.301, Mandaqui, São Paulo-SP). Clique aqui e acesse as informações no site do hospital. Além dos médicos, haverá a contratação de mais 90 servidores, de outras áreas para compor o quadro funcional tão defasado.
Essas contratações demonstram uma mudança de postura por parte do secretário de Saúde David Uip e do governador Geraldo Alckmin, após as denúncias do Simesp e a pressão feita pelos médicos que atuam no conjunto hospitalar. A Secretaria do Estado da Saúde (SES) chegou a tentar desqualificar a denúncia do Simesp. “Pacientes com casos mais simples, sem risco à vida (sic), são classificados com a cor ‘verde’, podendo ter de esperar mais pelo atendimento. Na medida em que os leitos nos quartos são liberados os pacientes em observação no pronto-socorro são encaminhados para internação. No entanto, ninguém fica sem assistência”, escreveu em nota à imprensa SES.
Contudo, em visita ao hospital, no dia 13 de março, Gatti encontrou 42 pacientes hospitalizados em corredores e na sala de medicação (deitados em macas ou até mesmo em cadeiras). Além disso, havia pelo menos 18 pacientes em leitos de retaguarda do pronto-socorro (leitos que deveriam atender pacientes de complexidade intermediária que chegam à emergência do hospital). Entre esses pacientes havia pessoas em situação grave e que precisam de cuidados mais intensivos.
“Além da superlotação, o hospital sofre com a falta de profissionais na equipe de clínica médica, chegando a ficar sem nenhum médico durante os plantões em, pelo menos, três dias na semana. Esse déficit é muito grave, pois deixa a população desassistida”, ressalta Gatti.
Contratações
A novas contratações serão pela modalidade de Contrato por Tempo Determinado (CTD) e os profissionais de enfermagem foram aprovados em concursos públicos promovidos pela Secretaria. “O Simesp irá continuar na luta, junto aos médicos, outros profissionais e usuários do Hospital do Mandaqui, para que haja novas contratações de médicos por meio de concurso público, para garantir que o problema seja sanado efetivamente”, salienta Gatti.
Ensino
O conjunto hospitalar também possui um programa de residência médica que está prejudicado pela falta de médicos para atuar como preceptores. Portanto, também há prejuízo na formação dos médicos residentes que fazem estágio no pronto-socorro.