Depois de uma paralisação de 48 horas organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), o governo Geraldo Alckmin não ofereceu qualquer proposta de aumento salarial. O SindSaúde pede, entre outras coisas, o reajuste linear dos salários de 7,84% (para conhecer a pauta de reivindicações, clique aqui).
Diante disso, em assembleia na frente da Secretaria de Estado da Saúde, realizada na tarde desta quarta, 27, os integrantes do SindSaúde decidiram discutir, a partir de junho, os preparativos para uma possível greve por tempo indeterminado.
O plano, aprovado pelos cerca de 300 participantes, é que um Conselho (ampliado) de Delegados discuta a questão no próximo mês. Parte dos manifestantes, no entanto, defendia que a greve fosse decretada imediatamente. Mas a proposta não foi aprovada.
O presidente do SindSaúde, Gervásio Foganholi, avaliou como “um grande sucesso” a paralisação de dois dias iniciada em 26 de maio. No começo da assembleia, ele disse que falta ao governo do Estado de São Paulo uma política de recursos humanos para a área da saúde. “Sem contar a falta de respeito de não cumprir a data base dos servidores”, ressaltou, referindo-se a um dos pontos da pauta de reivindicações da categoria.
Uma comissão formada pela direção do Sindicato foi recebida, durante cerca de duas horas, por representantes da Secretaria de Estado da Saúde. O secretário David Uip não estava presente. A justificativa dada para a sua ausência, de acordo com o presidente do SindSaúde, é que ele estaria, na mesma hora, em uma reunião na Secretaria da Casal Civil para discutir a possibilidade de reajuste salarial para os servidores da área.