Logo após o hino nacional, cantado com emoção nas escadarias da Catedral da Sé, por volta do meio-dia, a manifestação chegava ao fim. Em todos, a certeza de que o protesto havia sido altamente positivo. Antes do hino nacional, houve breves discursos de presidentes e diretores de entidades médicas e parlamentares, e um coro afiado gritou, em um som que pretendem que chegue aos ouvidos, ainda moucos, das diretorias dos planos de saúde: RESPEITO! RESPEITO! RESPEITO!
Cid Carvalhaes, presidente do Simesp e da Federação Nacional dos Médicos, comentou a passeata da manhã desta quinta-feira: “Nossa avaliação é bastante positiva. Por vários motivos: em primeiro lugar, pela presença dos profissionais de diversas cidades do Estado, de todas as regiões da capital, demonstrando sua insatisfação diante da realidade enfrentada cotidianamente. Em seguida, pelo apoio que temos recebido, vindo de uma população que se sensibiliza com a nossa luta, pois sofre, conosco, os resultados de uma relação aviltante entre os médicos e os planos de saúde. E apoio de outras categorias, como psicólogos, odontólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, seção São Paulo da OAB, e órgãos de defesa do consumidor, como Idec e Proteste. E foi positiva, ainda, pelo fato de uma iniciativa como a de hoje de manhã ser, na verdade, o primeiro passo dessa caminhada que estamos iniciando”.
O presidente da Fenam e diretores da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina (os presidentes de ambas as entidades estão cumprindo compromissos no exterior) reúnem-se amanhã, em Brasília, a fim de avaliar a paralisação, em âmbito nacional, e discutir os próximos passos.
Saiba mais sobre a paralisação de 7 de abril na TV Simesp e na Rádio Simesp.